Alma grande no Meu País 2, © 2008
ISBN: 978-989-8652-16-4
Tudo o que senti
Sou uma memória do passado
Tentei ser genuíno e poeta
Um dia ao olhar para o céu
Ó morte inesperada
Estou condenado a esta escrita
Há quem não consiga
Comparam-me a Pessoa
Em oscilante prato da balança
Falar tornou-se um vazio
A minha raça é ser por dentro
Perdoa-me, meu amor
Chego a forçar os pensamentos
As mil almas que habitam dentro de mim
Todos se afastam de mim
Tenho a percepção de coisas
Não consigo entrar numa igreja
Sou a cratera aberta pelo meteorito
O que fazer para dar certo
Estou a entornar-me num copo
Escrevo de alma e coração
Sinto-me grandioso
Ao virar a última página
O que escrevo
Sou mais que os homens
Por vezes escrevo
Vejo-me a andar de triciclo
Gostava de viver mil anos
Errei no discurso da vida
Procuro sempre a melhor forma de me expressar
Foi este o caminho que escolhi, estreito
Gostava de encontrar no meu caminho
Distante de uma história de encantar
Gostava de falar das coisas
Gostava de sorrir em tudo
Amo-te e não te quero
Todos os sonhos têm um fim?
Que venham mais tempestades
Escrevo a chorar o futuro
Levantei âncora, parti à deriva
É em ti que alugo o meu olhar
Refresco os meus prantos, afagos
Renovo o meu prazer de ser
Havia de ser hoje e fazia tudo diferente
Hoje não deveria ser dia de escrita
Vejo-me pelos olhos de alguém
Tudo o que sonhei
Não me falem de amor
Eu só queria ser feliz
Por que será que ainda resisto?
O que fazer para dar certo
Estou a entornar-me num copo
Sempre vai ser assim
Não admito que alguém me critique
O que escrevo
Sinto o vento a cortar o cordão umbilical das folhas
Esta inconsciência ciente
Fechei-me ao mundo
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