A minha raça é ser por dentro
A teoria de um sentimento,
Na condição de poeta a quatro
Almas penadas em sofrimento.
É ser sempre a palavra em movimento
Dispersada no momento pelo vento,
Na partida obrigatória do destino
Sofrer sempre por ainda ser menino.
É calçar as botas novas pelo Natal
Oferecidas por um familiar ausente,
Que por diferença conjugal
Nunca pode estar presente.
É ser tudo o mais que não foi dito,
Pela falta de memória, o maldito.