Por vezes escrevo
Numa espécie de tristeza,
Com um olhar pragmático,
Que deslumbra a própria frieza.
Essa emoção vazia
Não utiliza as veias habituais,
As que a alma sempre desejaria
Pela autenticidade dos seus ais.
Aquela que com cortes profundos
Ferem a lágrima mais seca,
Obrigando-a a ser saboreada por mil mundos.
Os olhares dos defuntos entre,
Também anseiam o seu leite
Qual alimento saído do ventre.