Errei no discurso da vida
Que se pretendia sublime,
Feri o contexto com palavras amargas
Que em ousadia evoquei, pensando largas.
Afinal eram larvas em sepultura
Que nunca conseguiram a metamorfose
E, livres na luz do dia, se sublimarem com mesura.
Errei no percurso da escrita
Que se queria fresca e simples,
Feri a ideia com pensamentos secos
Que hoje em dia se querem ocos.
Afinal o vazio é dos vencedores,
Que nunca provaram o sabor da derrota
Sem que importasse à alma os dissabores dos favores!