Gostava de encontrar no meu caminho
Uma flor perfumada, e o seu perfume
Em recordação me lembrasse o que o destino
Não permitiu ter, a minha amada em queixume.
Os braços cheios de gritos,
Em aflição, desejo rebentar a tela
Por não ter sido integrante, aflitos
Os meus olhos tristes de cela.
Enclausurado a um destino desperdiçado,
Tenho somente na alma a consolação
De um dia ter pelo menos desejado.
Resta-me redesenhar o semblante
Com os traços da minha ilusão,
Para que amanhã cante,
Com letras de fogo a tristeza,
As eternas lágrimas,
Que iluminam a minha natureza.