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Alves Pinto

Alma grande no Meu País 2, © 2008


Renovo o meu prazer de ser
Uma alma a endoidecer,
Nestes modos de dizer
Sou novamente a morrer.

De uma forma diferente,
Sempre a perder,
Na procura de uma aragem quente
A inalação intoxicada a exceder.

Pelos milhares de cigarros que fumei
Guardados nos pulmões ainda em chama,
À espera que as desilusões que sonhei
Se queimem e se refresquem na lama.

Para serenar o meu rosto de cana
Canavial de açúcar, sangrado
Pelas bocas da catana.

Em ímpeto de lâmina desferida,
Acabar de vez com esta ferida
E ser reluzente genuína estrela inanimada.





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