Renovo o meu prazer de ser
Uma alma a endoidecer,
Nestes modos de dizer
Sou novamente a morrer.
De uma forma diferente,
Sempre a perder,
Na procura de uma aragem quente
A inalação intoxicada a exceder.
Pelos milhares de cigarros que fumei
Guardados nos pulmões ainda em chama,
À espera que as desilusões que sonhei
Se queimem e se refresquem na lama.
Para serenar o meu rosto de cana
Canavial de açúcar, sangrado
Pelas bocas da catana.
Em ímpeto de lâmina desferida,
Acabar de vez com esta ferida
E ser reluzente genuína estrela inanimada.