As lágrimas, cristalinos diamantes
Que luzem na atmosfera, são estrelas
A tentar iluminar os homens errantes.
No meio deles encontro-me perdido
A deambular pela imensidão dos desertos,
Na procura da diferença entre o vivido
E o ignorado com os poros do coração abertos.
Sem conseguir filtrar as areias movediças
Apertam-se agora as suas artérias estaladiças.
Continuo a esbracejar como um inseto
Na tentativa imaterial de inalar o perfume,
E na densa floresta do puro afeto
Partilhar a ideia fiel, genuína e sublime.
Pela ordem natural da vida,
Sem que a isenção consiga
Proteger a abertura da ferida.