As minhas lágrimas deixaram de ser gotas isoladas.
De um fio desfiado seguem longas até ao infindável rio,
Transbordando pelos prados verdejantes o sal,
A amargura, que durante milénios nos tem feito mal.
E eu, o corpo líquido, em rigorosos invernos
Consigo solidificar a matéria dos meus infernos
E, no descanso sazonal, em alivio da minha alma,
Requalificar-me para os novos tumultos eternos.