Recai sobre mim o cansaço eterno
E não será por acaso ou espanto,
Sou um enfermo a aguentar
A dor da humanidade feito canto.
Tanto procuro a liberdade
Que me encerra a prisão,
Por imensa dor de crueldade
Recolho-me nesta intenção.
Na esperança da igualdade
Desiludo-me facilmente,
O mundo fez-se tarde.
E eu surgi mais tarde ainda,
Neste choro que por dentro
Não termina, examina-me.