Deu-me a humanidade o suporte
Feito alicerce profundo,
Eu que aguente com a sorte
Que há-de varrer o mundo.
Deu-me a consciência o lembrete
Em jeito de relógio universal,
Eu que bata às portas em sete
E pinte as paredes de cal.
Deu-me tudo, os raios do céu
E, uma voz trovejante,
Ó Sol, a Lua ainda não leu.
Os sinais do universo
Trespassam as estrelas cadentes
E fundem-se nas palavras em excesso.