Olhos do meu Amor! Infantes loiros
Que trazem os meus presos, endoidados!
Neles deixei, um dia, os meus tesoiros:
Meus anéis, minhas rendas, meus brocados.

Neles ficaram meus palácios moiros,
Meus carros de combate, destroçados,
Os meus diamantes, todos os meus oiros
Que trouxe de Além Mundos ignorados!

Olhos do meu Amor! Fontes... cisternas...
Enigmáticas campas medievais...
Jardins de Espanha... catedrais eternas...

Berço vindo do Céu à minha porta...
Ó meu leito de núpcias irreais!...
Meu sumptuoso túmulo de morta!...

• É vão o amor, o ódio, ou o desdém;
• O nosso amor morreu... Quem o diria!
• Por tudo o que me deste
• Enche o meu peito, num encanto mago
• Viver!... Beber o vento e o sol!... Erguer
• Longe de ti são ermos os caminhos
• Mais alto, sim! Mais alto, mais além
• Nesse País de lenda, que me encanta
• Saudades! Sim... talvez... e porque não?..
• Aqueles que me têm muito amor
• Ser poeta é ser mais alto, é ser maior
• Olhos do meu Amor! Infantes loiros
• Sonho que sou a Poetisa eleita
• No divino impudor da mocidade