Prisioneiro do Tempo, © 2007
N
a tentativa de ser nada
Fui uma alma aureolada.
Pág. Anterior
|
Pág. Seguinte
Prisioneiro do Tempo 2, © 2008
O reflexo de tudo o quanto desprezo
As lágrimas bailarinas
O que escrevo não me pertence
Inerte à espera de ser socorrido
Tudo, inspira-me
O pensamento em constante procura
Gostava que o mundo
Tudo em mim é poesia
Na primavera da próxima era
Não faço sentido
Sou um traço descontínuo
Na pureza de mim
Sacrifico o início
Na representação da alma
Ser eu é não ser
Viverei eterno
O meu tempo ficou suspenso
Quem me dera
O espectáculo que faço
Um amor maior
Ser eu custa muito
Por momentos sou para não ser
Estes diálogos da alma
Em tudo fui tarde
Apetece-me abandonar
Cada vez mais egoísta
Afasto-me das pessoas
Às mulheres o meu corpo
Não confio, não por não confiar
Ando à procura do insucesso
Neste mundo de mentira
Adormeço a fome das palavras insaciáveis da minha alma
Invertida imagem que te refletes em mim
Existem instrumentos que emitem
Padrinho, outrora a bênção
A poesia é uma droga
Afinal o mundo não anda a dormir!
Não quero ser grande, luto contra esse pedestal
Canso-me de mim mesmo
Não sou puro
Transpiro para o papel
O trabalho comunitário
O futuro já não me anseia
Meu olhar não consegue encontrar
A minha ânsia em criar é tanta
Sonho um dia ao acordar
Tudo o que vivi
Sinto-me esgotado de escrever
Gostava de ter sido um verdadeiro soldado
Quero escrever mil pensamentos
Tenho vivido ciclos diferenciados
Espero que o paraíso
Tenho andado ciclicamente à procura
A História cansa-me
Querem-me fácil de modelar
Já não corro atrás do prejuízo
Sei que gostavam de ser como eu
Tenho fome de palavras
Fui um engano
Ó palavra que te armas em guerreira
Leio e releio
Alguém será capaz de amar em plenitude
Sofro de uma figadeira mental
O que me resta?
A última chamada ao final do dia
Sou consciente matéria humana
Gosto de pessoas com palavra
Só admiro as atitudes corretas
Tenho a mania de roubar
Caro amigo
Hoje apetece-me ler
Confessem o quão pequenos
Quero afeiçoar-me e não consigo
Escalei demasiado em busca de glória
Sentem-me em frente a um piano
Tenho de assumir-me ao mundo
Não quero pensar mais
Sou o canto que encanta
Seres tu é muito pouco
Eu não existo
Eu já fui como eles
Oh! Minha querida mãe
Na tentativa de ser nada
Lágrimas, lavem-me a alma
A poesia é um estado de alma
Já repararam na palavra Universo?
O que se passa fora da minha alma
Pouco interessa as reações
Coloco-me num patamar altivo
Só falo o mínimo e essencial
Não consigo viver no meio
A vida num mistério esplendoroso
As palavras saídas da minha boca
Serei audacioso
Gosto de sorrisos discretos
No topo de uma montanha
Escreverei até o cansaço
Minha confidente aflita
Outrora em terna idade
Menina de meus olhos lacrimejantes
Quando as nuvens se afastarem
A luta enfim
Deixa-me chamar-te de Mãe-Pátria
A minha voz que reclame
Puro de mim nestes momentos
Na representação da alma
Viverei eterno
Os homens inventaram as armas
Por vezes, na ânsia de pautar o que me invade a alma
Raramente escrevo desta forma
Página Inicial
·
Contactos
© 2023, Alliança - Todos os direitos reservados