Passei a sentir a sua presença,
Mas ainda não tive a coragem
De proclamar a sua esperança.
Dentro de mim não existe desconfiança,
Somente algum receio da receção alheia,
Ou serei eu com alguma dúvida na dança?
Os ritmos atuais são muito diferentes.
A partilha em amor não figura na pauta,
Nem nas notas dos instrumentos musicais.
A nova geração prefere, em contrapartida
Os ídolos sensacionais, os figurantes
Das revistas e jornais.
Mas há-de chegar a hora e, em verdade,
Serei o cavaleiro do amor em lança,
Em arremesso a aniquilar a iniquidade.
E, o que restar da humanidade,
Principalmente a que interiorizar
Que a vida, em si, é a única verdade.
Será salva pela minha espada reluzente,
Que abandonarei, após cumprida
A última batalha na longínqua frente.
Onde curarei toda a gente doente
Que aceitar ser seu descendente,
Na proclamação da palavra terna e quente.