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Alves Pinto

Último Ciclo, © 2008


Faz calor nestes dias de chuva intensa,
O ritmo acelerado do povo, lado a lado
Os candongueiros em estado de crença
A ganhar os Kwanzas, o cobrador amado.

Sua voz ao longe! Maianga, Maianga,
Anda mana, sobe paizinho,
Um cenário genuíno sem zanga
Em timbre de terno carinho.

Na paragem sai, fica, outros entram,
Sempre a mesma rotina. Vamos a cobrar,
Aí á frente toma o troco!
E a música em batida a ritmar.

O kizomba, o kuduro, os graves
Nos ouvidos a furar,
Baixa só, estou a telefonar, não me ouves?
Estou a vir, você insiste em chatear.

Me liga, não tenho saldo.
Uma frase feita, a oferta
Em anúncio de televisão,
Na boca do povo, a voz certa.





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