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Alves Pinto

Último Ciclo, © 2008


O destino jaz sepulto
Compactado em espaço térreo,
Na ânsia de um abraço de vulto
Envia um mensageiro aéreo.

É a morte anunciada
Que paira no universo,
Em pacto de silêncio, calada,
Na melhor ode esfaqueia o verso.

A desejar o momento oportuno
Sangra a sombra natural,
O punhal de gatuno
Na nova mansão universal.

A urna fechada, o corpo frio
Em reflexão permanente,
A alma a marulhar no rio
E a desaguar na corrente quente.





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