Crivada a alma
Com balas de dor,
Projéctil que chama.
Pai, dá-me a mão
Vem passear ao meu lado,
Triste se sente o meu coração.
Vem ser meu alado
Preciso da tua orientação,
À noite o manto aconchegado.
O calor da tua presença
Faz-me falta,
Como uma religião ou crença.
Não te esqueças
Que acima de tudo,
Sou uma criança.
Para todo o sempre
A tua eterna,
E doce aliança.
E que amanhã
Não seja somente,
Uma ténue lembrança.