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Gilberto Eco

Movimentos da Alma, © 2006


Mercador se sonhos,
Em quadro de papel
Pinto os meus medonhos.

Sem outro espaço,
Ocupo o lugar absorto
Vencido pelo cansaço.

Na urna das profundezas,
Habitação universal
Recebo suas altezas.

Meus castelos modelos,
Enterrados nas décadas de vida
Seres do mundo e belos.

Ao meu lado inacabado,
A longa ausência
Do diálogo calado.

Pasto á deriva,
Sem norte ou influência
Absorvo a ideia nociva.

Em bebedouro comunitário,
Saboreio o veneno
E vomito a cárie, o pus dentário.

Nas latrinas o cheiro,
Nauseabundo olhar
O meu sobre um cinzeiro.

Onde o cigarro da vaidade,
Queima o interior
E toda a minha vontade.

Corro pela cidade,
Os paços lentos
Perdem a genuinidade.

A minha espinha,
Ramo de avançada idade
Desvio em erro, sozinha.



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