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Gilberto Eco

Movimentos da Alma, © 2006


O vazio anseia
Esconder o meu maior tesouro!
As palavras carregam um gigante fardo,
Mergulhar e servirem de Seia?
Oferecer em bandeja de ouro?
As ideias acabam por se lançar
Em jeito de um descontrolado dado,
E uma vez a rolar procura uma posição
Diferente, face em tela de bem amado
A plateia a aplaudir em memória
A desejar sua a personagem,
Emotiva e intima a glória
De sentir as emoções, qual aragem
Fresca e amena pelo fim de tarde,
Ao sair da assembleia
Em confronto a ideia que arde,
Pontos de vista vomitados, a geleia
De todos ignorados, e alimento
Na mesa da vida que se quer querida,
Servida em toalhas de vento
A iludir a visão sofrida,
O rosto da alma e seu reflexo
O espelho sagrado e profano,
Paixão e sexo em anexo,
O e-mail enviado sofre
Um vírus provoca um dano,
Invisível e a cheirar a enxofre
Inala o pulmão insano,
Fechada em descodificado cofre
A fortuna, o desejo de amar,
A alma que definha em dor
Em nota de pauta, dó maior
A música de grande sucesso,
Nos meios de comunicação
Vozes a gemer pelo excesso,
A gritar ao mundo
O seu arrependimento profundo.



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