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Gilberto Eco

Movimentos da Alma, © 2006


Deitados, feito rastejantes
A contornar os movimentos,
Cristalinos caminhantes.

Puros e inocentes
Plenos pulmões de ambição,
Mão cheia de sonhos diferentes.

Lançados ao infinito
Estatelados nas paredes
A decorar, é bonito.

Reflexo de espelho
O rosto da próxima geração,
Sorriso singelo e não velho.

Contagiante, leva o vento
Infiltra-se em todo o povo,
Os poros inalados, pulmões cheios de novo.

Respiram altivo ar puro
E saltam desprendidos,
A cerca, o muro.

Onde os esperam
Outros infantes de cor,
Os que souberam.

O momento certo
Aguardar sem sobressalto,
De coração aberto.

Abraçar a eternidade
E cantar alegremente,
Esta nova igualdade.

Parte de ti, sociedade,
A construção eterna
Duradoura de tenra idade.



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