Deitados, feito rastejantes
A contornar os movimentos,
Cristalinos caminhantes.
Puros e inocentes
Plenos pulmões de ambição,
Mão cheia de sonhos diferentes.
Lançados ao infinito
Estatelados nas paredes
A decorar, é bonito.
Reflexo de espelho
O rosto da próxima geração,
Sorriso singelo e não velho.
Contagiante, leva o vento
Infiltra-se em todo o povo,
Os poros inalados, pulmões cheios de novo.
Respiram altivo ar puro
E saltam desprendidos,
A cerca, o muro.
Onde os esperam
Outros infantes de cor,
Os que souberam.
O momento certo
Aguardar sem sobressalto,
De coração aberto.
Abraçar a eternidade
E cantar alegremente,
Esta nova igualdade.
Parte de ti, sociedade,
A construção eterna
Duradoura de tenra idade.