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Gilberto Eco

Movimentos da Alma, © 2006


Muito á frente
Do tempo de reacção,
A desilusão em mente
Na voz a canção.

Em jeito de hino
Ao povo ignorante,
Na igreja o sino
O grito pedinte.

E o governo aplaude!
Seus pupilos, as marionetas
Em palco de vaidade,
Putas de rua e proxenetas.

Dívidas a crédito furtado
Futuro e visão hipotecada,
Negro o olhar amargurado
E sua lágrima esmigalhada.

Desce pelos sulcos
Até ás veias, o tanque,
Latejam aos socos
Feito bofetadas de sangue.

Por serem tão inconstantes
E teimosos loucos,
Não passam de manifestantes
A acenar para a tribuna dos moucos.



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