Serei deus da tormenta
Feito gigante sofredor!
Esta terra não me aguenta
Nem entende o grau da minha dor.
Sou tudo e de todas
As conchas à beira mar,
O olhar de diferentes modos
As lousas por cima do meu sepultar.
Porque consigo ouvir os gemidos
E a dor distante a chamar,
A minha alma pertence aos sofridos
Que não conseguem chorar.
Sou filho de um adeus, caminhar
Em direcção ao reluzente esplendor,
Onde me espera um novo altar
Deus a estender-me o seu amor!