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Alves Pinto

Alma Grande no Meu País, © 2007


Escrevo ao som de flautas e violinos
Em lauda de remoinhos e ilusões,
Sou novamente o homem com o olhar de meninos
Que não tem receio de ir aos trambolhões.

A terra é macia, suas mãos amparam-me a queda,
Caso parta uma perna, não faz mal, é preciso sentir
Bem de perto a dor em jeito de oferenda,
Para que da próxima consiga a tempo fugir.

Escrevo sempre com uma lágrima
Escondida no canto do olho,
O receio em ser a ama
De todas as dores evita o trabalho.

E a responsabilidade de representar com tristeza
No palco do rosto, qual actriz de cinema
Em filme de ação, amar a sua natureza
E rir com o desconfortante lema.

Rolar com vontade de parar.





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