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Alves Pinto

Alma Grande no Meu País, © 2007


Eu que choro os meus pela distância
Prostro-me aqui nesta hora maldita,
A gozar os sonhos de infância
Na tentativa suprema da escrita.

Dou a cara por Deus
A pensar ser um dos mensageiros,
Sendo entre os milhares de ateus
O último dos primeiros.

Choro sem razão aparente,
Sofro as dores alheias
E no fundo figuro, sou diferente,
Sinto-as também minhas e cheias.

Só rebentam na minha face
Quando a timidez vence a vergonha
E aceita o desafio da espada em lance,
O corte, a perfuração, que dor medonha!





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