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Alves Pinto

Alma Grande no Meu País, © 2007


Falem-me de Angola
E eu choro,
Ainda a pedir esmola
Ó mundo, não me demoro.

A desolação chama-me sem volume
Perto de si existe outro consolo,
As artérias apertam-se, e em queixume,
Congestionadas bloqueiam o solo.

O crescimento sustentado fica parado
E suspenso no meu olhar,
À espera que o próximo alado
Em geração futura, fruto do meu amor.

Saia da câmara escura
E continue a senda de seu pai,
Com ornamentos e textura
Em caminhos novos vá.

Alertar o universo, os homens andam a dormir,
Em excesso reduzem o espaço,
Doidos pela ganância a fugir
De um confortante e terno abraço.





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