Falem-me de Angola
E eu choro,
Ainda a pedir esmola
Ó mundo, não me demoro.
A desolação chama-me sem volume
Perto de si existe outro consolo,
As artérias apertam-se, e em queixume,
Congestionadas bloqueiam o solo.
O crescimento sustentado fica parado
E suspenso no meu olhar,
À espera que o próximo alado
Em geração futura, fruto do meu amor.
Saia da câmara escura
E continue a senda de seu pai,
Com ornamentos e textura
Em caminhos novos vá.
Alertar o universo, os homens andam a dormir,
Em excesso reduzem o espaço,
Doidos pela ganância a fugir
De um confortante e terno abraço.