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Alves Pinto

Alma Grande no Meu País, © 2007


A minha bicicleta ficou partida
Na descida íngreme, aos trambolhões,
A viagem deste modo interrompida
E no corpo da alma, uns meros arranhões.

Nada que o tempo não cure
Com um curativo de sensatez,
A estancar o sangue que perdure
No interior de tanta viuvez.

Culpa de quem? O universo
Assim se fez e pouco mais há
A não ser sentar-me, dizer olá
E escrever a vida em forma de verso.

Sempre com a intenção
De um dia o corpo sepultado,
Em memória ser recordado
Nas estantes da nação.

E que as canções encontrem a melodia
Para o mundo perceber o significado,
A mensagem seja decifrada pela alegria
E nada mais, senão o desejado.





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