Que mal tenha feito a Deus
E às leis do universo,
Para encontrar-me num distante adeus
A escalar as odes de um infinito verso?
Atingir as montanhas das façanhas
E abraçar a imensidade do silêncio,
Na mais profunda das entranhas
Em introspecção chorar o convénio.
Tentar perceber as razões
Que levaram quebrar as barreiras,
Entender a natureza das ilusões
E acender novas fogueiras.
Para a alma se aquecer,
Confortada, recolher as cinzas
Colocá-las dentro de um pote e ao céu
As lançar em premissa.
Para que, bem do alto, Deus
Finalmente inale a angústia
E tussa sobre Zeus,
O vírus que consome a humanidade, a mentira feito hóstia.