Reconheço em mim uma grande falha,
Afasto-me da multidão, a sociedade
Absorve imenso, sinto no ar uma muralha.
Onde posso repousar! Serenar o mundo
E repintar a minha ilusão. Tudo está desfeito,
Os continentes jamais conseguirão se juntar.
Em choro e angústia as crianças em inocência
Continuam a tentar e, no meio delas, por vezes
Distraído, encontro o sossego, a elegância.
Sinto tudo imperfeito e no seu devido lugar,
Sem preocupação em mudar,
Tudo brilha sob o meu olhar.
São as lágrimas da humanidade
Que de tanta guerra e sofrimento,
Tornaram-se meninas da orfandade.
Feito bolas de fogo nos canhões
Disparadas contra a minha vontade,
Sou a alma a dar corpo às combustões,
Da nova prosperidade...