Fui um poeta em potencial
Que abandonou a condição de criar,
Para dar uma oportunidade existencial
De à vida se mostrar.
Após uma década
A escolha recaiu de novo pela criação,
Em abono da infinita emoção que ferve
Nas veias da inclusão, prostei-me à sua sepultura.
Na tentativa de regar a terra
E salvá-la da sua secura, choro as lágrimas férteis
Para alagar a maldade e aniquilar os répteis.
Que obrigam a vegetar suspensos ao nada
E ser os eternos chupetas, que só tem direito
A um rebuçado na quadra após terminada.