Lembro-me quando criança,
Nas idas para a escola pelos carreiros, nas terras férteis,
Com um assobio vadio sem melodia conhecida,
Era a minha procura de tonalidade
Ou um futuro sem som proteger-se do frio?
Era a minha ilusão, um dia ser, um tenor
A gemer o silêncio, afinal essa inclusão integrou-se com ardor
E concretizou-se, sou sim, senhor,
O assobio sem timbre pardacento,
Sou a palavra em movimento a registar a humanidade do sofrimento!