Recolhido rosto entre as palmas
Mãos gretadas entreabertas.
Um raio de luz, ao longe as chamas
A queimar outras almas incertas.
Inquietas, o intimo congestionado,
O tráfego inerte, passeia a urna.
Num carro alegórico, ornamentado
Em ouro, que supérfluos, que fortuna!
A fila em proporções de coluna
Atingem a fronteira, a barreira.
A diferença em ser a professora
Que nunca esqueceu ser aluna.
Nos tempos de escola ainda menina
Jogava à cabra cega e ao catrapone.
Nos recreios curtos, soava a campainha
Em jeito de recolher obrigatório.
Para que a aprendizagem em oratório
Pudesse evoluir na escrita, sem copianço.