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Alves Pinto

Último Ciclo, © 2008


Poesia gritante em nome do povo,
Dores tamanhas perpassam a alma
Em jeito de mártir ainda novo
A aguentar a fúria da tempestade que reclama.

O ditar a esse sujeito
Que o mundo anda à deriva,
Não é obrigado a ser perfeito
Em contas de IRS e IVA.

E que todos fogem do diabo
Figura de gente que seduz,
Mas no fundo também é sabido
Que ninguém é de éter e luz.

Todos pecamos e carregamos os nossos
Na lenta corrida à ambição,
Cavamos o futuro onde cairemos moços
Sedentos de longa idade em ilusão.

Feito bandeira auriflante de pungente nação
O olhar erguido em foco usuário,
A iluminar os filhos do nosso coração
Os pequenos rebentos a saírem do fraldário.

A gatinhar e aos tropeções orientar a vida
Com a ilusão dos tostões garantir à alma uma confissão,
Lutar para que no momento da partida
O saldo seja positivo e que nenhuma instituição,

Vá cobrar a outro reino os juros
Porque está sujeita a levar uns trocos,
Que servirão em banquete de murros
Mesmo que ao sentir sejam ocos.





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