Em oscilante prato da balança
Salto com molas nos pés,
A procura da eterna mudança
E na ideia de quem me fez.
Pleno em desequilíbrio
É-me muito difícil manter,
Neste constante vício
As palavras não me deixam esmorecer.
Nem um minuto para descansar,
A todo o momento querem se registrar
Pelo receio de serem esquecidas.
A memória por vezes tem feridas
Por sarar e as lacunas deixam escapar,
Os momentos que ficaram por sonhar.