No dia em que não acordar, não tenhas medo,
Em liberdade, num simples bater de asas
Estarei a desvendar um bem maior em segredo.
E quando perto de ti pousar um insecto
Não lhe faças mal, poderei ser eu, inquieto,
A querer saborear mais um momento teu.
Ao inalar o néctar das flores em que pousar,
Estarei efectivamente a inspirar o perfume
Em recordação do teu doce olhar a chorar.
Mas não fiques triste, porque o amor
Nunca morre nas nossas almas sinceras,
Mesmo que distantes em diferentes atmosferas.
Reluzem como astros incandescentes
E nunca se apagam durante eras e eras,
Porque são rugidos, gritos de feras.