O que vive fora não é real,
É uma representação genuína,
Em mim é que existe o mal
Por não ser manhoso e traquina.
O que me resta? Apenas ser
Uma ave a esbracejar funesta,
Sem migalhas a depenicar
No voo rasante da festa.
Inútil como eu, na diferença
Ser sem oportunidade,
O cenário, o dístico, a crença.
O quadro paisagístico pintado
Com tristeza, por não ser em futuro
O destino, a vida, o fado.