Estilhaços marcados,
Alma enferma
Doentes indesejados.
Passado ignorado,
Dor crónica dos tempos
Feito tristeza e fado.
Carregado pelos povos,
Ontem em guerra
Hoje os novos.
Sem respeito ou consideração,
Os alicerces que suportam
O futuro da nação.
Mais velhos de nome,
A memória recente
De quem tem fome.
De saúde e educação,
Brada o povo
Queremos, pois então.
Somos fruto maduro
Da arvore que pertencem,
E não o luto, duro
É ver que nos esquecem.
Pensam desiludidos
Em vossa mente,
Somos ardidos
Figuras de gente.
Teladas sob imaginação
Em quadros de terra,
Parcelas divididas, mão
Deputada que berra.
Agora é o nosso tempo
Agora é a nossa era,
Rolar com olhar atento
Sobre luzente esfera.