Crivada minha alma
Palavras lançadas,
Na esperança de atingir
Um alvo enfermo, a fama.
A mania de ser mais
A certeza de menos,
A pastar em currais
E alimentar-se de fenos.
Balas projectadas
Ao destino não chegam,
De tanto usadas e cansadas
Enterradas descansam.
O todo o sempre
Não existe,
À tentação
O cordeiro resiste.
Ser alimento de bobos
Fáceis presas de ideias,
Tanto martelam, loucos
Coletes de teias.