Definha a noite
Na solidão,
Em desespero de morte
Agarra-me a mão.
Juntos saltitamos iludidos
No charco da angústia,
Feito crianças desprendidas
A julgar o momento de infinita importância.
Quão inocentes somos
Acreditar nas aparências,
Mastigar amargos gomos
Pelas vãs influências.
A pensar ainda infâncias
Nas brincadeiras de compromisso,
As ideias das lembranças
Em nenhum caso omisso.