Fico eu, ficas tu, ficamos todos
Prostrados ao silêncio e mudos,
Não conseguimos balbuciar
As palavras em regime glaciar.
O ADN da alma congelado,
A nova geração não imagina,
A dor do mundo inacabado
Transportada em nuvem genuína.
Pena é só chover em determinado
Térreo espaço, sem que a defesa
Em natureza tenha tempo, minado
O olhar ausente na tristeza.
Na ânsia de explodir, a sorrirem
Rebentam no meu, teu rosto,
Estilhaços e crateras a abrirem
As fronteiras de um enorme desgosto.