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Alves Pinto

Alma Grande no Meu País, © 2007


Para tudo há uma conclusão?
Não, não quero a estagnação,
Prefiro partir ao meio a ilusão
E ficar eterno na dúvida do que roer os seus ossos no chão.

Não, não me estendam a mão,
Porque sei que amanhã terei
De pagar com um milhão.

De créditos e dívidas
Já a minha alma tem o suficiente,
Que nem mil vidas chegam para liquidar
O que devo às outras perdidas.

Sempre vai ser assim
Neste constante namoro?
Ó ideia dá-me o divórcio
Mesmo antes do eterno casamento.

Ó será que já fui apanhado
Nas redes da tua ilusão?
Sabes que nunca te darei filhos
Esses só o passado, avô do futuro isolado.

Nem andarei contigo em passeios pela avenida,
Nem te pronunciarei perante o mundo,
Viverás dentro da minha alma iludida
E nunca sairás do seu coma profundo.

Permanecerás eterna na desorientação,
O meu esforço será sempre pouco,
Trazer-te a este mundo de cão,
Onde se sobrevive, só se fosse louco!





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